Doença Inflamatória Pélvica (DIP): O que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção

Doença Inflamatória Pélvica (DIP): O que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção

A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma infecção que afeta os órgãos reprodutivos femininos, como útero, trompas de Falópio e ovários. Ela ocorre geralmente por infecções bacterianas que se propagam a partir da vagina, sendo as principais causas a gonorreia e a clamídia. A condição é grave e pode levar a complicações como infertilidade e gravidez ectópica se não tratada adequadamente.

 

Causas e Fatores de Risco

  • Principais causas: bactérias como Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, geralmente transmitidas por relações sexuais desprotegidas.
  • Fatores de risco:
    • Ter múltiplos parceiros sexuais.
    • Histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
    • Uso recente de Dispositivo Intrauterino (DIU).
    • Prática de duchas vaginais.
    • Idade entre 15 e 35 anos, especialmente em mulheres jovens sexualmente ativas.

 

Sintomas

Os sintomas podem variar entre agudos e subclínicos (leves ou quase imperceptíveis):

DIP aguda:

  • Dor abdominal ou pélvica intensa.
  • Febre alta (>38°C).
  • Corrimento vaginal com odor forte.
  • Sangramento vaginal fora do período menstrual.
  • Dor ao urinar e durante relações sexuais.

DIP subclínica/crônica:

  • Sintomas mais leves, como dor ocasional e pequeno corrimento.
  • Pode causar infertilidade e outras complicações sem sinais evidentes.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da DIP envolve:

  • Histórico médico: levantamento de sintomas e histórico de ISTs.
  • Exame físico: avaliação da região pélvica.
  • Exames laboratoriais: análise de sangue, urina e amostras de corrimento vaginal.
  • Exames de imagem: ultrassonografia, laparoscopia ou biópsia para detecção de inflamação e abscessos.

 

Tratamento

O tratamento é essencial para evitar complicações e pode incluir:

  • Antibióticos: para combater as bactérias causadoras da infecção.
  • Internação: em casos graves ou com formação de abscessos.
  • Cirurgia: para tratar complicações severas, como abscessos rompidos.

 

Prevenção

  • Uso consistente de preservativos durante relações sexuais.
  • Evitar duchas vaginais, que podem empurrar bactérias para órgãos internos.
  • Realizar exames ginecológicos regulares.
  • Tratar ISTs prontamente.

 

Complicações

  • Infertilidade por danos às trompas de Falópio.
  • Gravidez ectópica.
  • Formação de abscessos pélvicos.
  • Dor pélvica crônica.

 

Perguntas Frequentes

  1. DIP pode ser prevenida?
    Sim, o uso de preservativos e o tratamento precoce de ISTs são medidas eficazes.
  2. Homens podem ter DIP?
    Não, a DIP é exclusiva do sistema reprodutor feminino. Contudo, homens podem transmitir ISTs que causam a DIP.
  3. DIP é contagiosa?
    Não diretamente, mas as bactérias que a causam podem ser transmitidas sexualmente.

 

Conclusão

A DIP é uma condição séria que exige atenção médica imediata. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações a longo prazo. A prevenção por meio de práticas sexuais seguras e consultas regulares é a melhor abordagem.

 

Referências
Departamento de ISTs, HIV/Aids

Observação: Este artigo tem como objetivo fornecer informações gerais sobre o assunto. Consulte um médico para obter um diagnóstico e tratamento adequados.